Descubra qual o papel do farmacêutico oncológico

Uma das doenças que mais desafiam os profissionais de saúde e aterrorizam as pessoas é o câncer. Na atualidade, o tratamento do câncer é um dos assuntos mais discutidos, já que é uma doença que afeta muitas famílias. Segundo um estudo do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), entre os anos de 2018 a 2019, foram diagnosticados 600 mil novos casos de câncer só no Brasil.
Devido ao aumento da incidência dessa doença, desde a década de 90, o farmacêutico começou a ganhar destaque na área Oncológica. Foi quando a Resolução 288/96 do Conselho Federal de Farmácia estabeleceu como privativa a manipulação de medicamentos citotóxicos, medicamentos que são capazes de retardar a evolução de algum tumor.
O Ministério da Saúde ainda determina que, em qualquer serviço de alta complexidade, no tratamento do câncer, deve haver um farmacêutico na equipe de saúde, principalmente em casos que necessitam da manipulação de quimioterápicos.
E é por isso que a carreira na área da Oncologia exige um profissional capacitado, multidisciplinar e que sempre está em busca de novas atualizações.
Sua atuação está em diversas etapas da terapia antineoplásica (quimioterapia): seleção e padronização de medicamentos e materiais, auditorias internas, informação sobre medicamentos, manipulação dos medicamentos antineoplásicos, farmacovigilância, educação continuada e participação nas comissões institucionais.
Quer entender melhor qual o papel do farmacêutico na área da Oncologia? Continue a leitura, pois neste post você vai ler mais sobre o assunto.
Conheça qual o perfil do farmacêutico oncológico
As atribuições do farmacêutico oncológico vão além da manipulação ou a prescrição dos medicamentos. Cabe ao farmacêutico atuar em várias etapas da terapia antineoplástica, da gestão hospitalar ao cuidado com pacientes oncológicos.
Todo processo da quimioterapia necessita de cuidados do farmacêutico. Seja antes, durante ou depois. Isso porque, o profissional tem a responsabilidade de conhecer quais são as doses usuais, farmacocinética, farmacodinâmica, formas e vias de administração, entre outros aspectos relacionados ao gerenciamento dos processos farmacêuticos na Oncologia.
É função do farmacêutico fornecer todas as informações para equipe multidisciplinar, isso é, o que chamamos de farmacovigilância. Mesmo com os avanços tecnológicos, é comum os pacientes desenvolverem reações adversas à poliquimioterapia.
Com isso, a participação do farmacêutico na área da farmacovigilância tem colaborado muito para a qualidade de vida do paciente oncológico. Isso porque o profissional da Farmácia é capacitado para Identificar possíveis reações e propor medidas de intervenção.
Alguns efeitos indesejáveis podem acontecer depois das sessões de quimioterapia. Mas, com as orientações farmacêuticas, esses sintomas como fraqueza, diarreia, perda de peso, queda de cabelo e etc podem ser minimizados.
Farmacêutico Oncológico em Auditorias Internas e Controle de Qualidade
Uma das atribuições da Farmácia Oncológica é a realização e participação nas auditorias internas. Cabe ao profissional ser responsável pela estrutura da quimioterapia, estocagem adequada dos medicamentos e a manutenção preventiva dos equipamentos. Lembrando sempre de estar em conformidades pela legislação vigente.
Com infraestrutura adequada, o farmacêutico deve estar atento às normas locais e padrões internacionais e toda sua manipulação dos agentes antineoplásicos deve ser conduzido com a técnica asséptica.
Nessa etapa o controle deve ser diário e contínuo, para que possa diminuir os riscos associados aos manejos dos medicamentos, bem como os erros como a falta de precisão na escolha do diluente.
Para manter o controle da qualidade na manipulação da quimioterapia, a atuação do farmacêutico é fundamental. Saiba que, é o farmacêutico quem irá identificar possíveis não conformidades, desvio de qualidade sempre acompanhado de uma queixa técnica.
Por que o farmacêutico deve se manter atualizado?
ara se destacar nessa área, a qualificação é essencial. O profissional deve ficar atento ao avanço de novas tecnologias, novos medicamentos e terapias. O farmacêutico que se compromete a buscar sempre por novas tendências, não ficará para trás no mercado de trabalho.
Hoje a maioria dos programas de graduação em farmácia deixam a desejar quando o assunto é Oncologia. Para isso, o profissional farmacêutico oncológico deve completar sua formação por meio de cursos de pós-graduação, cursos complementares e programas de residência.
Para o Conselho Federal de Farmácia, somente os profissionais especializados estão aptos para atuar na área da Oncologia. É obrigatória a titulação mínima ou comprovação de cinco anos, ou mais, de atividade profissional na área.
Só são reconhecidos como válidos os títulos emitidos pela Sociedade Brasileira de Farmacêuticos de Oncologia (Sobrafo), de pós-graduação latu sensu em Oncologia reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) e de residência em Oncologia em programas credenciados pelo MEC ou Ministério da Saúde.
Deu para perceber que as atribuições do farmacêutico oncológico são muitas! Mas não se assuste! É por isso que a especialização é exigida, e para você entrar com o pé direito nessa área a pós-graduação é perfeita.
Para obter sucesso nessa área, a dica que vamos dar é para você se dedicar aos estudos e sempre ficar atento às novidades, já que é uma área em pleno crescimento. Conheça nossa pós-graduação em Farmácia Oncológica e Hospitalar .